Saiba mais sobre a arquitetura minimalista e como aplicá-la de maneira inteligente no seu projeto.
A correria da vida moderna nos afeta de muitas formas. Para não ceder ao estresse do excesso de estímulos e informações, precisamos parar e refletir: o que é realmente importante para nós?
Esse questionamento é o primeiro passo para entrar no estilo de vida minimalista.
O minimalismo está presente em diversos setores da vida moderna: na moda, no design, na alimentação e, principalmente, na maneira como consumimos.
Pensar dentro desse estilo é, na verdade, repensar nosso consumo para reduzi-lo ao que é essencial. Cada coisa em seu lugar e com um objetivo certo. Nada é por acaso.
Arquitetura minimalista: uma reflexão sobre espaços
Como toda revolução começa em casa, seguir essa tendência na arquitetura e decoração de ambientes implica em simplificar o espaço em que vivemos.
Surge então a arquitetura minimalista, uma reflexão sobre os espaços e a maneira como os ocupamos.
Com origem na famosa escola alemã Bauhaus, na década de 1920, inspirada pelo movimento cubista, esse estilo surge a partir da vontade de se reduzir ao máximo os traços estéticos, valorizando as estruturas em sua forma mais primária.
Além disso, busca valorizar o ambiente onde a construção se encontra, influenciada pela cultura Zen japonesa, filosofia que visa transmitir as ideias de liberdade e foco na essência do ser.
Esses conceitos podem parecer muito abstratos, principalmente em nossa sociedade, que valoriza a estética do consumo. Mas, na prática, a arquitetura minimalista é muito simples, pois parte de preceitos básicos.
Portanto, esqueça todos os mitos a respeito do minimalismo, não se tratam de “espaços vazios” ou “pobres” em decoração. A chave aqui é o uso inteligente de recursos, materiais e objetos. E o mais importante: evitar excessos.
Veja algumas características da arquitetura minimalista:
Integração com o ambiente
A chave do minimalismo é oferecer um espaço de paz e tranquilidade em meio ao caos da vida em sociedade. Isso se dá através de um contato maior com aquilo que é mais básico para nós, como a natureza, que nos traz paz.
É comum a presença de grandes janelas, claraboias e aberturas para a área externa. Elas ajudam a integrar espaço e ambiente.
Além de conforto térmico e ventilação, esses elementos aproximam o morador da natureza e propiciam o aproveitamento inteligente da luz natural.
Formas geométricas básicas
Os minimalistas apostam em formas geométricas simples que realçam os espaços.
Tanto nas construções como no mobiliário, há o predomínio de linhas puras. Aqui, não há lugar para os excessos e ornamentos tradicionais em outros movimentos arquitetônicos.
Aliás, ir contra os excessos da modernidade é o pilar do minimalismo. Isso confere um ar atemporal ao ambiente, possibilitando maior ênfase no que é essencial.
Fidelidade aos materiais
Concreto aparente, aço e vidro são materiais comuns na maioria das edificações minimalistas. Geralmente, são utilizados de forma a respeitar sua forma mais pura, com poucas intervenções.
Evita-se também a mistura de diferentes materiais, de forma a realçar as características naturais de cada um.
Decoração sóbria
Muitas pessoas, ao ouvirem falar em decoração minimalista, logo imaginam paredes brancas. E o pior: associam essa ideia à “falta”, ao vazio.
Os adeptos, no entanto, defendem a tese de que a falta de objetos não significa vazio. Pelo contrário: seu uso correto traz leveza ao espaço, preenchendo-o de significado.
Isso se aplica também às cores: nada impede que um cômodo minimalista seja colorido. A questão aqui é equilibrar as cores com o ambiente, a luz natural, a decoração e o mobiliário.
Mobiliário funcional
Já que a ordem é dizer não aos excessos, evite também o uso indiscriminado de mobiliário.
Aposte em peças funcionais, que tragam maior possibilidade de organização. Armários, cômodas, gaveteiros e organizadores podem ajudar a manter cada coisa em seu lugar, sem criar aglomerações.
Além de terem um propósito dentro da estética do ambiente, os móveis, quando dispostos de maneira inteligente, facilitam o movimento, permitindo a circulação de pessoas, ar e luz.
Exemplos famosos de arquitetura minimalista
Para lhe inspirar, separamos algumas das mais famosas obras minimalistas. Elas se tornaram icônicas por representarem tudo que essa filosofia de vida prega, de maneira inovadora.
A construção do Pavilhão de Conferências do Vitra Campus, em Weil Am Rhein, na Alemanha, foi a primeira do arquiteto japonês Tadao Ando fora de seu país de origem.
O uso do concreto aparente e das grandes janelas, que deixam a luz natural iluminar abundantemente o prédio, realçam também a presença das célebres cerejeiras.
Em uma esfera completamente oposta, o britânico John Pawson imprimiu sua estética minimalista a uma loja da marca Calvin Klein, em Nova Iorque. O resultado surpreendeu o criador: os clientes sentavam-se na loja apenas para “sentir o ambiente”.
No campo da decoração, muito se falou sobre a casa minimalista que a socialite Kim Kardashian e seu marido, Kanye West, criaram com auxílio do belga Axel Vervoordt.
O espaço requintado prima pela simplicidade, e o decorador afirma ter introduzido elementos que trazem maior harmonia para a vida atarefada do casal de celebridades.
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